Justiça reposta no final
Grande clássico no Dragão em que o Porto entrou de forma avassaladora no jogo e até á lesão de Anderson ameaçava dilatar ainda mais a vantagem a qualquer momento, conseguida através de golos de Postiga e Quaresma (que golão!)
Mas Jesualdo opta por colocar Meireles em vez de Jorginho e a equipa perde capacidade ofensiva, consentindo algumas investidas benfiquistas paradas pelo soberbo Helton.
Katsouranis que tinha "arrumado" com Anderson faz o 2-1 e a equipa treme, pois Postiga que fez um belisimo jogo estava muito desgastado e Lucho andava mais uma vez despaarecido.
Mantorras galvanizou os encarnados e um erro inacreditável de Cech permitiu o 2-2 numa boa jogada de ataque.
Jesualdo acorda tardiamente e mete Bruno Moraes. Um lançamento lateral de Fucile que mais pareceu um canto instala o pânico na defesa contrária e o jovem brasileiro aproveita para facturar, colocando a justiça no placard .
PS: Acabei agora de ouvir que o Anderson sofreu uma factura no perónio. A estratégia benfiquista de arrumar com o nosso melhor jogador pelos vistos foi um sucesso. Aproveito para recordar que Lucilio Baptista nessa jogada nem falta marcou...
domingo, outubro 29, 2006
sábado, outubro 28, 2006
Um pai obcecado, uma mãe destroçada, uma cidade invisivel e absorta nas suas próprias preocupações.
É este o contexto do magnifico filme de estreia de Marco Martins que retrata o desaparecimento da pequena Alice algures no caminho para o infantário e as terriveis sequelas para os seus entes queridos.
O pai, excepcionalmente representado por Nuno Lopes, não poupa esforços para encontrar a sua filha, repetindo todos os dias o mesmo percurso do fatidico dia e instalando cãmaras por toda a cidade na expectativa de a encontrar.
A banda sonora de Bernardo Sassetti é excelente e a caracterização do ambiente urbano de Lisboa magnifica.
sexta-feira, outubro 27, 2006
segunda-feira, outubro 23, 2006
Um empate feliz
Num jogo intenso e bem disputado, acabamos por conquistar um ponto num jogo bastante complicado onde raramente mandamos no jogo, permitindo quase sempre o dominio sportinguista.
Apos um começo de jogo razoável com Quaresma e Fucile a mostrarem um bom entendimento, a inexplicável mudança de flanco do cigano coincidiu com o crescimento do Sporting que durou até ao intervalo.
Como o Ricardo mais uma vez foi amigo entramos no reatamento praticamente a marcar, proporcionando uma fase de algum ascendente que no entanto veio a durar pouco, pois notou-se imenso a falta de alguem que transportasse a bola (Anderson) desaproveitando alguns contra-ataques que poderiam ser perigosos.
Perto do fim o levezinho ainda atirou uma bola a barra e Helton voltou a mostrar as suas imensas qualidades defendendo inumeros cruzamentos e um remate perigoso de Paredes.
Por tudo isto penso que podemos dar-nos por satisfeitos com o ponto conquistado, pois na impossibilidade de se ganhar é sempre melhor não perder.
Num jogo intenso e bem disputado, acabamos por conquistar um ponto num jogo bastante complicado onde raramente mandamos no jogo, permitindo quase sempre o dominio sportinguista.
Apos um começo de jogo razoável com Quaresma e Fucile a mostrarem um bom entendimento, a inexplicável mudança de flanco do cigano coincidiu com o crescimento do Sporting que durou até ao intervalo.
Como o Ricardo mais uma vez foi amigo entramos no reatamento praticamente a marcar, proporcionando uma fase de algum ascendente que no entanto veio a durar pouco, pois notou-se imenso a falta de alguem que transportasse a bola (Anderson) desaproveitando alguns contra-ataques que poderiam ser perigosos.
Perto do fim o levezinho ainda atirou uma bola a barra e Helton voltou a mostrar as suas imensas qualidades defendendo inumeros cruzamentos e um remate perigoso de Paredes.
Por tudo isto penso que podemos dar-nos por satisfeitos com o ponto conquistado, pois na impossibilidade de se ganhar é sempre melhor não perder.
sábado, outubro 21, 2006
Que Porto em Alvalade?
Na quase certeza da ausência de Anderson, duas hipóteses se colocam a Jesualdo Ferreira. Ou opta por Jorginho ou alternativamente alinha P.Assunção dando um cariz mais defensivo ao onze portista.
A entrada de P.Assunção poderia ser importante para corrigir algumas deficiências que se verificaram no jogo com o Hamburgo onde Meireles continua a revelar algumas lacunas de posicionamento permitindo muitos remates na zona frontal.
Por outro lado Jorginho tem a seu favor os antecedentes das ultimas épocas onde brilhou a grande altura nas visitas a Alvalade.
Seja qual for a escolha, o Porto terá de ter uma postura ambiciosa e assumir uma atitude mandona em campo, procurando conter os impetos de jogadores como Moutinho e Nani.
Na quase certeza da ausência de Anderson, duas hipóteses se colocam a Jesualdo Ferreira. Ou opta por Jorginho ou alternativamente alinha P.Assunção dando um cariz mais defensivo ao onze portista.
A entrada de P.Assunção poderia ser importante para corrigir algumas deficiências que se verificaram no jogo com o Hamburgo onde Meireles continua a revelar algumas lacunas de posicionamento permitindo muitos remates na zona frontal.
Por outro lado Jorginho tem a seu favor os antecedentes das ultimas épocas onde brilhou a grande altura nas visitas a Alvalade.
Seja qual for a escolha, o Porto terá de ter uma postura ambiciosa e assumir uma atitude mandona em campo, procurando conter os impetos de jogadores como Moutinho e Nani.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Tango em noite de temporal
Exibição inspirada diante do Hamburgo que rendeu uma volumosa vitória, sendo inclusive o jogo em que o Porto marcou mais golos em casa na Champions.
O penalti à beira do intervalo decidiu o vencedor da partida, proporcionando algum descanso na segunda parte tendo em vista o jogo com o Sporting, para o qual infelizmente não vamos contar com o astro Anderson.
Fucile esteve muito bem na sua estreia, mostrando-se confiante e destemido, acompanhado por Lucho, Lisandro e Meireles.
No entanto a vitória do CSKA diante do Arsenal estragou-nos as contas e a situação parece complicada, embora dependamos só de nós.
Para Benfica e Sporting as perspectivas também não são famosas, nomeadamente para os encarnados que estão numa situação tremendamente complicada.
Exibição inspirada diante do Hamburgo que rendeu uma volumosa vitória, sendo inclusive o jogo em que o Porto marcou mais golos em casa na Champions.
O penalti à beira do intervalo decidiu o vencedor da partida, proporcionando algum descanso na segunda parte tendo em vista o jogo com o Sporting, para o qual infelizmente não vamos contar com o astro Anderson.
Fucile esteve muito bem na sua estreia, mostrando-se confiante e destemido, acompanhado por Lucho, Lisandro e Meireles.
No entanto a vitória do CSKA diante do Arsenal estragou-nos as contas e a situação parece complicada, embora dependamos só de nós.
Para Benfica e Sporting as perspectivas também não são famosas, nomeadamente para os encarnados que estão numa situação tremendamente complicada.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Arrepiante
Eduardo Lobão, da Agência Lusa Díli, 15 Out (Lusa)
- A chegada de Emanuel foi uma alegria para Carlit os e Diana, mas além de ser o primeiro filho do casal passou também a ser o 15º elemento de uma família que sobrevive mensalmente em Timor-Leste com cerca de 120 euros.Prematuro com mais de dois quilos, Emanuel é desde quinta-feira mais um nas estatísticas que situam Timor-Leste como o país mais pobre da Ásia, em que o rendimento anual 'per capita' tem vindo a decrescer - passando de 410 dólares em 2001 para 370 dólares em 2004 -, o que leva o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) a considerar o país como estando cada vez mais empobrecido, de acordo com um relatório divulgado em Março passado, intitulado "O Caminho para sair da pobreza".
As dificuldades de Carlitos, 27 anos, e Diana, 25 anos, são à escala familiar o retrato do país, a braços desde Abril com uma crise político-militar e que precisa de voltar a ganhar a confiança dos investidores externos.Com os pais desempregados, apesar de se terem formado em Economia e Gestão na Universidade Nacional de Timor LoroSae, o Emanuel é um dos rostos da pobreza crónica timorense, conceito que, segundo o PNUD, traduz o facto de metade da população de Timor-Leste, cerca de um milhão de pessoas, não ter acesso a água potável, 60 em cada mil recém-nascidos morrerem antes de completarem um ano e a esperança de vida, de 55,5 anos em 2004, continuar sem dar sinais de melhoria.Nascido no distrito de Baucau, Leste do país, Carlitos veio em 2000 par a Díli para frequentar a Faculdade de Economia e Gestão. Aí conheceu Diana, nascida em Díli, e do namoro ao casamento foi um passo curto.Em Fevereiro passado compraram uma casa por 600 dólares, amealhados e alimentados com a venda de búfalos - uma riqueza em Timor-Leste e imprescindível nos dotes pagos pela família do noivo à da noiva.A crise de Abril teve, mais uma vez à escala familiar, efeitos devastadores: a casa foi queimada, ao mesmo tempo que Díli era pasto fácil para actos de violência, com propriedades privadas e bens públicos destruídos, dezenas de milhar de deslocados internos e cerca de 100 mortos registados, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, no discurso que leu a 2 7 de Setembro perante a Assembleia Geral da ONU.
Forçados a viver em casa dos pais de Diana, em Díli, Carlitos e Diana, e agora o Emanuel, juntam-se aos 12 elementos que constituem o agregado familiar, em que o único dinheiro que entra em casa é o salário do patriarca da família, José Alves, que embora vença 300 dólares mensalmente, tem de reservar cerca de 60 por cento daquele valor para pagar um crédito bancário.As ajudas que pontualmente recebem, que passam pelo pagamento da inscrição dos filhos na escola até à assistência alimentar das Irmãs Carmelitas, ajudam a minorar as dificuldades, mas não contribuem para criar riqueza e o endividamento mantém-se.Terminado com aproveitamento o curso de Economia e Gestão, Carlitos e Diana juntaram-se aos cerca de 16 mil jovens adultos timorense que anualmente disputam o mercado de trabalho.Diana já passou por duas empresas. A última fechou a portas em Março e desde então deixou de receber os 85 dólares mensais que vencia.
Carlitos teve pior sorte. Não arranjou emprego e inscreveu-se no Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional (CNEFP), em Tibar, a cerca de dez quilómetros de Díli.O CNEFP é um projecto apoiado desde o início, em 2003, por Portugal e que depende do Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária.Escolhido o curso de canalizador, Carlitos foi o melhor, mas o diploma obtido e a arte aprendida não o ajudaram a encontrar trabalho regular, pelo que continua a depender de biscates, cada vez mais irregulares.O retrato desta família reproduz Timor-Leste à escala.Sociedade complexa, em que as relações sociais se estabelecem com base em solidariedades de base regional e de proximidade, Carlitos já passou pela intolerância dos moradores de outros bairros onde é chamado para fazer uso do que aprendeu em Tibar, por não lhe ser permitido exercer o ofício fora do espaço em que vive, neste caso em Audian.
Estas situações são recorrentes e aplicam-se a todo o tipo de actividades.País fortemente dependente das importações, que totalizam 203 milhões d e dólares (162 milhões de euros), e com a exportações a representarem apenas sete milhões de dólares (5,6 milhões de euros) - sobretudo café -, Timor-Leste espera que as receitas geradas pelo petróleo e gás natural do Mar de Timor possam contribuir decisivamente para cumprir as metas fixadas pelas Nações Unidas nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio: a redução da pobreza em um terço até 2015 .
No seu relatório, o PNUD salientou que cerca de quatro anos depois de ver reconhecida a independência pela comunidade internacional, Timor-Leste conta com a progressiva redução da ajuda externa, o que leva aquela agência das Nações Unidas a observar que, se os timorenses vivem hoje, reconhecidamente, num país "politicamente livre, continuam escravizados pela pobreza".Emanuel ainda não sabe que acabou de entrar para a estatística dos que são considerados pobres em Timor-Leste.Quando o começar a entender, esse será também o tempo de começar a fintar o destino e desmentir o futuro que hoje lhe está reservado
Eduardo Lobão, da Agência Lusa Díli, 15 Out (Lusa)
- A chegada de Emanuel foi uma alegria para Carlit os e Diana, mas além de ser o primeiro filho do casal passou também a ser o 15º elemento de uma família que sobrevive mensalmente em Timor-Leste com cerca de 120 euros.Prematuro com mais de dois quilos, Emanuel é desde quinta-feira mais um nas estatísticas que situam Timor-Leste como o país mais pobre da Ásia, em que o rendimento anual 'per capita' tem vindo a decrescer - passando de 410 dólares em 2001 para 370 dólares em 2004 -, o que leva o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) a considerar o país como estando cada vez mais empobrecido, de acordo com um relatório divulgado em Março passado, intitulado "O Caminho para sair da pobreza".
As dificuldades de Carlitos, 27 anos, e Diana, 25 anos, são à escala familiar o retrato do país, a braços desde Abril com uma crise político-militar e que precisa de voltar a ganhar a confiança dos investidores externos.Com os pais desempregados, apesar de se terem formado em Economia e Gestão na Universidade Nacional de Timor LoroSae, o Emanuel é um dos rostos da pobreza crónica timorense, conceito que, segundo o PNUD, traduz o facto de metade da população de Timor-Leste, cerca de um milhão de pessoas, não ter acesso a água potável, 60 em cada mil recém-nascidos morrerem antes de completarem um ano e a esperança de vida, de 55,5 anos em 2004, continuar sem dar sinais de melhoria.Nascido no distrito de Baucau, Leste do país, Carlitos veio em 2000 par a Díli para frequentar a Faculdade de Economia e Gestão. Aí conheceu Diana, nascida em Díli, e do namoro ao casamento foi um passo curto.Em Fevereiro passado compraram uma casa por 600 dólares, amealhados e alimentados com a venda de búfalos - uma riqueza em Timor-Leste e imprescindível nos dotes pagos pela família do noivo à da noiva.A crise de Abril teve, mais uma vez à escala familiar, efeitos devastadores: a casa foi queimada, ao mesmo tempo que Díli era pasto fácil para actos de violência, com propriedades privadas e bens públicos destruídos, dezenas de milhar de deslocados internos e cerca de 100 mortos registados, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, no discurso que leu a 2 7 de Setembro perante a Assembleia Geral da ONU.
Forçados a viver em casa dos pais de Diana, em Díli, Carlitos e Diana, e agora o Emanuel, juntam-se aos 12 elementos que constituem o agregado familiar, em que o único dinheiro que entra em casa é o salário do patriarca da família, José Alves, que embora vença 300 dólares mensalmente, tem de reservar cerca de 60 por cento daquele valor para pagar um crédito bancário.As ajudas que pontualmente recebem, que passam pelo pagamento da inscrição dos filhos na escola até à assistência alimentar das Irmãs Carmelitas, ajudam a minorar as dificuldades, mas não contribuem para criar riqueza e o endividamento mantém-se.Terminado com aproveitamento o curso de Economia e Gestão, Carlitos e Diana juntaram-se aos cerca de 16 mil jovens adultos timorense que anualmente disputam o mercado de trabalho.Diana já passou por duas empresas. A última fechou a portas em Março e desde então deixou de receber os 85 dólares mensais que vencia.
Carlitos teve pior sorte. Não arranjou emprego e inscreveu-se no Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional (CNEFP), em Tibar, a cerca de dez quilómetros de Díli.O CNEFP é um projecto apoiado desde o início, em 2003, por Portugal e que depende do Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária.Escolhido o curso de canalizador, Carlitos foi o melhor, mas o diploma obtido e a arte aprendida não o ajudaram a encontrar trabalho regular, pelo que continua a depender de biscates, cada vez mais irregulares.O retrato desta família reproduz Timor-Leste à escala.Sociedade complexa, em que as relações sociais se estabelecem com base em solidariedades de base regional e de proximidade, Carlitos já passou pela intolerância dos moradores de outros bairros onde é chamado para fazer uso do que aprendeu em Tibar, por não lhe ser permitido exercer o ofício fora do espaço em que vive, neste caso em Audian.
Estas situações são recorrentes e aplicam-se a todo o tipo de actividades.País fortemente dependente das importações, que totalizam 203 milhões d e dólares (162 milhões de euros), e com a exportações a representarem apenas sete milhões de dólares (5,6 milhões de euros) - sobretudo café -, Timor-Leste espera que as receitas geradas pelo petróleo e gás natural do Mar de Timor possam contribuir decisivamente para cumprir as metas fixadas pelas Nações Unidas nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio: a redução da pobreza em um terço até 2015 .
No seu relatório, o PNUD salientou que cerca de quatro anos depois de ver reconhecida a independência pela comunidade internacional, Timor-Leste conta com a progressiva redução da ajuda externa, o que leva aquela agência das Nações Unidas a observar que, se os timorenses vivem hoje, reconhecidamente, num país "politicamente livre, continuam escravizados pela pobreza".Emanuel ainda não sabe que acabou de entrar para a estatística dos que são considerados pobres em Timor-Leste.Quando o começar a entender, esse será também o tempo de começar a fintar o destino e desmentir o futuro que hoje lhe está reservado
domingo, outubro 15, 2006
Muito Anderson para um fraco Porto
Nova exibição a roçar o fraco em que nos valeu esse fantástico jogador chamado Anderson e um Postiga em claro ascendente de confiança.
A equipa parece decididamente não ter assimilado os principios de jogo de Jesualdo e o meio campo parece um passador sem alguem que faça faltas e pare as investidas das equipas contrarias.
Por tudo isto, não estou muito confiante para o jogo de terça feira em que se joga grande parte do nosso futuro europeu.
sexta-feira, outubro 13, 2006
Portugal vale a pena
Por que já estou farto de tantas lamúrias e desgraças aqui fica um belissimo texto.
"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas. Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagensdas auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que “bateu” em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive – Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d’Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casasmãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?"
Nicolau santos, Director – adjunto do Jornal ExpressoIn Revista Exportar
Por que já estou farto de tantas lamúrias e desgraças aqui fica um belissimo texto.
"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas. Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagensdas auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que “bateu” em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive – Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d’Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casasmãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).
É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos – e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?"
Nicolau santos, Director – adjunto do Jornal ExpressoIn Revista Exportar
quarta-feira, outubro 11, 2006
segunda-feira, outubro 09, 2006
Interessante recriação cinematográfica dos anos 40, num estilo muito noir que segue a linha do excelente "Femme Fatale" de 2002. A fotografia é excelente e o argumento é razoável, explorando a morte nunca esclarecida de uma famosa actriz de série B, Elizabeth Short.
Os desempenhos de Hilary Swank e de Scarlett Johansson roçam o fraco enquanto os seus parceiros masculinos estão num plano bastante superior.
Magnifica a cena em que Bucky Bleichert (Josh Hartnett) entra na casa de Madeleine Linscott (Hilary Swank) e se depara com uma familia bizarra.
domingo, outubro 08, 2006
sábado, outubro 07, 2006
Um verdadeiro roubo
Para o Sporting-Porto, um portista que queira ir assistir ao jogo terá que desembolsar entre 55 a 75 euros. Estranho (ou talvez não...) o silêncio da comunicação social sobre esta questão, quando há uns anos atrás tanto cascaram no Salgueiral pelos preços praticados no jogo decisivo da última jornada da época 99/2000.
Sobre isto vale a pena ler a crónica de Jorge Maia no "Jogo" de hoje.
Para o Sporting-Porto, um portista que queira ir assistir ao jogo terá que desembolsar entre 55 a 75 euros. Estranho (ou talvez não...) o silêncio da comunicação social sobre esta questão, quando há uns anos atrás tanto cascaram no Salgueiral pelos preços praticados no jogo decisivo da última jornada da época 99/2000.
Sobre isto vale a pena ler a crónica de Jorge Maia no "Jogo" de hoje.
terça-feira, outubro 03, 2006
segunda-feira, outubro 02, 2006
Falta de garra
Justa a vitoria do Braga e consequente derrota do Porto no jogo disputado hoje a noite. Muita passividade a meio campo, falta de ambição e notorio sub-rendimento de jogadores como Pepe e Lucho, originaram a segunda derrota consecutiva do Porto nos unicos dois jogos a "serio" que teve de disputar...
Jesualdo tem por vezes opçoes incompreensiveis como aquela de retirar Quaresma para lançar o inutil Alan minutos depois e parece não conseguir transmitir garra a equipa, o que se reflecte na produção em campo.
Bruno Alves voltou a ser dos melhores e Meireles esteve incansável na tentativa de estancar o dominio do Braga a meio campo.
Refira-se no entanto que o Porto teve ocasiões mais do que suficientes para vencer o jogo como aquela de Lucho isolado aos 3 minutos.
Justa a vitoria do Braga e consequente derrota do Porto no jogo disputado hoje a noite. Muita passividade a meio campo, falta de ambição e notorio sub-rendimento de jogadores como Pepe e Lucho, originaram a segunda derrota consecutiva do Porto nos unicos dois jogos a "serio" que teve de disputar...
Jesualdo tem por vezes opçoes incompreensiveis como aquela de retirar Quaresma para lançar o inutil Alan minutos depois e parece não conseguir transmitir garra a equipa, o que se reflecte na produção em campo.
Bruno Alves voltou a ser dos melhores e Meireles esteve incansável na tentativa de estancar o dominio do Braga a meio campo.
Refira-se no entanto que o Porto teve ocasiões mais do que suficientes para vencer o jogo como aquela de Lucho isolado aos 3 minutos.
One
Em honra do Dia Mundial da Música que se celebrou dia 1 de Outubro, aqui fica uma minhas músicas de sempre, "One" dos U2.
Em honra do Dia Mundial da Música que se celebrou dia 1 de Outubro, aqui fica uma minhas músicas de sempre, "One" dos U2.
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